Delegado investigado por suspeita de envolvimento em desvio de fuzis é exonerado.

Nilton Tormes ocupava o posto de coordenador técnico do Departamento de Polícia Metropolitana (Depom). Ele passou a ser investigado após denúncias à Corregedoria.

Delegado da Polícia Civil é investigado por envolvimento em desvio de fuzis apreendidos na Bahia — Foto: Reprodução/TV Bahia

O delegado Nilton Tormes, investigado por suspeita de envolvimento no desvio de fuzis apreendidos na Bahia, foi exonerado do cargo de coordenador técnico do Departamento de Polícia Metropolitana (Depom). A exoneração foi assinada pelo governador Jerônimo Rodrigues (PT) e publicada no Diário Oficial desta quarta-feira (26).

Tormes passou a ser investigado após uma denúncia feita à corregedoria da Polícia Civil. Em nota, ele disse que ficou surpreso ao saber do inquérito e disse que vai colaborar com a investigação.

Conforme apuração da TV Bahia, a operação investiga o desvio de 14 fuzis durante uma ação policial em julho de 2024, no bairro do Caji, em Lauro de Freitas, na Região Metropolitana de Salvador (RMS). A equipe policial que participou da ação informou que seis fuzis foram apreendidos, mas a denúncia indicou que havia pelo menos 20 armas do tipo no local, além de pistolas.

Seis fuzis, uma metralhadora, mais de mil munições, 10kg de pasta base de cocaína, além de dois coletes à prova de balas foram apreendidos no “bunker”. — Foto: Divulgação/Depom

A denúncia ainda aponta o desaparecimento de joias e dinheiro que estavam no local alvo da ação.

Na ocasião, os policiais também apreenderam uma metralhadora, mil munições, coletes balísticos e 10 quilos de pasta base de cocaína.

O que diz o delegado

“Primeiramente, é importante ressaltar que o objeto da investigação se refere a uma operação oficial da Polícia Civil do estado da Bahia, que contou com a autorização da instância superior, com a participação de policiais do Depom e da Coordenação de Operações e Recursos Especiais (Core). Essa operação, inclusive, foi amplamente coberta pela mídia nacional devido ao sucesso na recuperação de armas de fogo de grosso calibre, drogas e munições.

Diante dessas circunstâncias — especialmente considerando o resultado positivo da operação e a atuação efetiva de órgãos e autoridades máximas da SSP-BA — recebi com surpresa o início da investigação, mas sempre respeitei a opção político-institucional.

Continuo colaborando ativamente com a investigação, uma vez que não tenho nada a temer. Assim, espero que a apuração revele a regularidade do meu exercício da função pública ao longo de mais de 20 anos na Polícia Civil, e que a verdade dos fatos aparecerá demonstrando a idoneidade que sempre me pautou. Por fim, é importante esclarecer que o objeto da investigação não envolve a apuração de homicídio. Destaco que atuo na condição de testemunha do Ministério Público nos autos que tramitam e julgarão o referido homicídio”.

G1 Bahia

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