Sempre que ocorre um fato considerado “relevante” pelas organizações criminosas, bairros de Salvador costumam ser marcados por foguetórios durante a noite. Foi o que aconteceu na última terça-feira, 29, quando moradores de várias regiões da cidade foram surpreendidos por uma intensa queima de fogos, realizada de forma simultânea. A ação foi coordenada por integrantes do Primeiro Comando da Capital (PCC) como um sinal do rompimento da aliança com o Comando Vermelho (CV), uma das principais facções criminosas do país.
A trégua entre as duas facções durava cerca de dois meses e tinha como objetivo pressionar o governo federal a flexibilizar as rígidas regras do Sistema Penitenciário Federal (SPF), onde estão presos seus principais líderes. O acordo também envolvia o compartilhamento de rotas do tráfico e a tentativa de pacificação em presídios.
Uso de fogos de artifício pelas facções
O uso de fogos de artifício como forma de comunicação entre facções criminosas não é novidade em Salvador. Autoridades apontam que os foguetórios são um recurso já rotineiro do tráfico de drogas, utilizado para alertar comparsas, intimidar rivais e dificultar ações das forças de segurança
A prática, velha conhecida das comunidades afetadas pela violência, costuma ocorrer principalmente à meia-noite e serve para marcar disputas por território, anunciar a chegada de drogas e armamentos, comunicar a morte de inimigos e até celebrar aniversários de lideranças criminosas.
Um exemplo aconteceu em outubro do ano passado, quando o Comando Vermelho realizou uma queima de fogos e disparos em comemoração ao aniversário de Anderson Souza de Jesus, conhecido como “Buel”, um de seus líderes.
Fim da aliança
O fim da aliança foi confirmado na segunda-feira, 28, através de um comunicado divulgado pelos próprios integrantes da facção. A divisão entre os dois grupos também decretou o fim da Tropa do A, que agora foi extinta e se integrou ao Primeiro Comando da Capital em bairros como Sussuarana Velha, São Marcos, Pau da Lima, Jardim Cajazeiras e Cajazeiras XI.
De acordo com informações confirmadas pelo Ministério Público de São Paulo (MPSP), diversas mensagens de texto, que circulam em aplicativos, mostram que as facções encerraram o acordo por meio de “salves” – expressão usada para descrever um tipo de “comunicado oficial” expedido pelas facções.
Confira comunicado enviado divulgado pelo PCC
Nós, da Final do Estado da Bahia, viemos informar a todos os irmãos e irmãs, companheiros e companheiras, que na data de ontem, 28/04/2025, a facção Tropa do A passou a integrar o Primeiro Comando da Capital (PCC).
Deixamos ciente a todos que a facção Tropa do A foi extinta, e todos os seus integrantes agora fazem parte do PCC.
Essa integração representa um passo importante rumo ao fortalecimento de ações e objetivos comuns, tais como a união de ideais, recursos e experiências, que trarão benefícios para o crescimento e o bem-estar de todos os envolvidos. Afinal, o crime fortalece o crime.
Ass: Final da Bahia
Correio da Bahia

Djalma Almeida é natural de Santo Antônio de Jesus.
Com muita dedicação e muitos estudos, Djalma formou-se em rádio e televisão pelo (ICB), Instituto do Conhecimento da Bahia, e possui o registro de número 8747/BA, Análises Clínicas, administração de empresa, inglês pela Uneb e atualmente está finalizando o curso de pedagogia pela Unifacs (Universidade Salvador).
Seu grande talento e inspiração pelo rádio começou em 1990, na rádio Recôncavo Fm, quando operava na frequência de 104,3, hoje operando em 98,5 Mhz, atuando como Disc jockey (Programação musical), e atuou também na rádio Clube Am como repórter quando operava em 680 Khz, hoje operando em Fm em 92,7 Mhz.
Atualmente, é repórter da rádio Prazeres fm 87,9, na cidade de Jiquiriçá, além de ser o redator e editor do site da emissora.
Também é o proprietário do site cidadedaspalmeirasnews.com.br, onde ocupa o mesmo cargo.
Djalma Almeida também é servidor público estadual, onde desempenha a sua função com dedicação a mais de 35 anos de bons serviços prestados a população.