Dados do Ministério da Saúde, divulgados pela Associação Brasileira de Medicina de Tráfego (Abramet), apontam que, nos últimos dez anos, foi registrado um aumento de 117% em número de pessoas internadas após acidentes com motocicleta na Bahia. Em 2014, foram contabilizadas 5.949 ocorrências, frente a 12.888 internações notificadas no ano passado; e acumulado de 87.741 vítimas em 10 anos.
Em todo o país, os números são alarmantes. Em 2024, foram 164.970 internações de motociclistas vítimas de acidentes, o que representa 58% do total de ocorrências de internamentos por acidentes de trânsito. Quanto à mortalidade, em 2023, ano mais recente da série histórica divulgada, foram 13.477 óbitos de motociclistas brasileiros envolvidos em acidentes, sendo que, na Bahia, no mesmo ano, morreram 939 pessoas.
Ainda segundo o levantamento da Abramet, entre 2014 e 2024, as despesas diretas do Sistema Único de Saúde (SUS) com este tipo de morbilidade hospitalar, no Brasil, somam R$ 1.891.351.524,00, sem correção dos valores conforme o IPCA do período. Apenas em 2024, foram gastos R$ 257.531.141 com internamento de motociclistas acidentados no país.
De acordo com dados do Hospital Ortopédico do Estado da Bahia, 70% das internações são decorrentes de acidente de trânsito; e, nestes casos, 40% dos pacientes, ou seja, mais da metade deles, vem à óbito. “Considero que os acidentes de trânsito, especialmente aqueles envolvendo motos, representam um grave problema de saúde pública, impactando significativamente nosso sistema hospitalar e a sociedade como um todo. A redução desse impacto exige uma abordagem integrada que combine prevenção, educação, fiscalização e assistência especializada”, afirma o diretor do hospital, Roger Monteiro.
CAMPANHAS
Neste sentido, o gestor aponta a necessidade de realização de campanhas educativas permanentes, voltadas a motociclistas, destacando o uso correto de capacetes e equipamentos de segurança, e promovendo a conscientização sobre os riscos e consequências dos acidentes. Ele destaca ainda, parcerias com instituições de ensino e apoio à fiscalização, em colaboração com órgãos como Detran e Polícia Rodoviária, combatendo infrações graves como excesso de velocidade e condução sob efeito de álcool ou drogas.
“Também é importante defender junto às autoridades municipais e estaduais investimentos na infraestrutura urbana, garantindo melhores condições das vias e sinalização adequada para motociclistas e pedestres. Com essa atuação abrangente, poderemos contribuir significativamente para a redução dos acidentes, melhorando a saúde e qualidade de vida da população e diminuindo a pressão sobre os serviços de saúde”, afirma.
Com base nos registros de internações do Hospital Ortopédico do Estado da Bahia, predominantemente, os acidentes são provocados por fatores
associados à imprudência e ao comportamento inadequado dos motoristas, especialmente motociclistas. Entre as principais causas estão: o excesso de velocidade, ultrapassagens perigosas, direção sob efeito de álcool ou drogas, falta de atenção e desrespeito às leis de trânsito.
“O perfil predominante das vítimas é composto por homens jovens, com idade média em torno de 30 anos, frequentemente envolvidos em acidentes com motocicletas, veículo de maior vulnerabilidade. Embora muitos motociclistas façam uso regular do capacete, ainda é expressivo o número dos que negligenciam ou fazem uso inadequado desse equipamento essencial, aumentando o risco e a gravidade das lesões”, alerta Monteiro.
A observação corrobora com o quadro apresentado em levantamento da Abramet, que aponta que 80% dos pacientes internados no país, no ano passado, eram do sexo masculino. Além disso, 56% do total de internamentos corresponde a motociclistas acidentados, com idades entre 20 e 39 anos.
Na Bahia, ainda conforme o diretor da unidade hospitalar referência, as principais cirurgias realizadas com vítimas de acidentes de moto envolvem, predominantemente, o tratamento de traumas ortopédicos graves, com destaque para procedimentos relacionados a fraturas expostas ou fechadas dos membros inferiores e superiores, especialmente tíbia, fêmur, úmero, rádio e ulna. Cirurgias de fixação interna, utilizando placas e parafusos ou hastes intramedulares, são frequentes, assim como a fixação externa em casos de maior gravidade, especialmente em fraturas expostas ou com perda óssea significativa.
“Também são comuns intervenções ortopédicas envolvendo o quadril e a pelve, como osteossíntese de fraturas acetabulares ou pélvicas complexas. Além disso, cirurgias para reconstrução de tecidos moles, reparação de tendões, ligamentos e procedimentos vasculares são frequentemente necessários, especialmente em casos de esmagamento ou amputações traumáticas. Menos comuns, mas ainda presentes, estão as intervenções neurocirúrgicas para traumatismos cranianos e da coluna vertebral. Essas cirurgias refletem a complexidade e a gravidade dos acidentes motociclísticos, exigindo uma equipe multidisciplinar preparada para atuar rapidamente na redução das sequelas e recuperação funcional dos pacientes”, complementa.
Tribuna da Bahia

Djalma Almeida é natural de Santo Antônio de Jesus.
Com muita dedicação e muitos estudos, Djalma formou-se em rádio e televisão pelo (ICB), Instituto do Conhecimento da Bahia, e possui o registro de número 8747/BA, Análises Clínicas, administração de empresa, inglês pela Uneb e atualmente está finalizando o curso de pedagogia pela Unifacs (Universidade Salvador).
Seu grande talento e inspiração pelo rádio começou em 1990, na rádio Recôncavo Fm, quando operava na frequência de 104,3, hoje operando em 98,5 Mhz, atuando como Disc jockey (Programação musical), e atuou também na rádio Clube Am como repórter quando operava em 680 Khz, hoje operando em Fm em 92,7 Mhz.
Atualmente, é repórter da rádio Prazeres fm 87,9, na cidade de Jiquiriçá, além de ser o redator e editor do site da emissora.
Também é o proprietário do site cidadedaspalmeirasnews.com.br, onde ocupa o mesmo cargo.
Djalma Almeida também é servidor público estadual, onde desempenha a sua função com dedicação a mais de 35 anos de bons serviços prestados a população.