O presidente Luiz Inácio Lula da Silva demitiu a ministra da Saúde, Nísia Trindade, após demonstrar insatisfação com a falta de resultados da gestão na área. O lugar será ocupado por Alexandre Padilha, titular das Relações Institucionais e chefe da pasta durante o governo de Dilma Rousseff. A decisão ocorreu após duas reuniões. À tarde, Lula recebeu Nísia para uma conversa a sós. Depois, foi a vez de Padilha.
Após a reunião com Lula, a ministra foi para o Ministério da Saúde e chamou o secretário-executivo, Swedenberger Barbosa, para seu gabinete, para dar a notícia.
Trindade ainda não informou sobre a demissão para demais secretários e funcionários, e marcou uma reunião com seu time principal para esta quarta-feira. A indefinição dos últimos dias levou equipes de diferentes setores da pasta a desmarcarem agendas já fechadas para as próximas semanas e meses.
Mais cedo, Lula participou de evento ao lado de Nísia para celebrar uma pactuação de vacinas e anunciou a inclusão do imunizante da dengue do Instituto Butantan no SUS.
A cerimônia aconteceu no Planalto e foi marcada pelo silêncio do presidente e uma ministra ovacionada pelo público.
Nísia foi a primeira mulher a comandar o Ministério da Saúde e presidiu a Fiocruz durante a pandemia de Covid-19. O perfil técnico foi visto como um ativo pelo governo no início do mandato de Lula, após a série de críticas à pasta na gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro. Mas a demora nas entregas e a dificuldade na articulação política desgastaram Nísia e, na visão do Planalto, inviabilizaram a permanência.
Lula vinha reclamando com aliados da demora da pasta em gerar ações que pudessem ser usadas pelo governo como exemplos de impacto positivo na população — o presidente chegou ao seu índice mais baixo de popularidade nos três mandatos, como mostrou o Datafolha.
A principal queixa era direcionada ao programa Mais Acesso a Especialistas, que tem como meta ampliar a oferta de consultas, exames e cirurgias na rede pública. Nísia foi cobrada por Lula em mais de uma ocasião diante do avanço a passos lentos da iniciativa. O programa alcançou 99% dos municípios do país atendidos só em fevereiro, dez meses após ter sido lançado.
Além disso, o Palácio do Planalto avalia que os benefícios da ação não foram transmitidos corretamente para a população. Até o momento, o ministério investiu R$ 2,4 bilhões, além de R$ 1,2 bilhão para as cirurgias eletivas.
A passagem de Nísia foi marcada ainda por outras crises, como a explosão de casos de dengue, falhas na estratégia de vacinação e falta de medicamentos no Sistema Único de Saúde (SUS), como insulina.
Em meio à escalada dos casos de dengue em 2024, Lula reclamou com auxiliares que a Saúde errou ao gerar expectativa na população de que o governo teria vacina contra a doença, sendo que não havia doses disponíveis no mercado à época. No ano passado, Nísia chegou a passar por um treinamento com o marqueteiro Sidônio Palmeira, hoje ministro da Comunicação Social.
Tribuna da Bahia

Djalma Almeida é natural de Santo Antônio de Jesus.
É formado em Análises Clínicas, administração de empresa, inglês pela Uneb e atualmente está finalizando o curso de pedagogia pela Unifacs (Universidade Salvador).
Sua vida no rádio começou em 1990, na rádio Recôncavo Fm, quando operava na frequência de 104,3 Mhz, atuando como Disc jockey (Programação musical), e atuou também na rádio Clube Am como repórter quando operava em 680 Khz.
Atualmente, é repórter da rádio Prazeres fm 87,9, na cidade de Jiquiriçá, além de ser o redator e editor do site da emissora.
Também é o proprietário do site cidadedaspalmeirasnews.com.br, onde ocupa o mesmo cargo.