Trabalhadores do Hospital de Ubaíra denunciam demissões “sem justa causa”

Sete funcionários já foram demitidos e número deve aumentar.

Hospital de Ubaíra — Foto: Ascom/APMIU.

Funcionários do Hospital de Ubaíra estão denunciando demissões supostamente “sem justa causa”, que, segundo relatos, seriam injustificáveis.

Na última sexta-feira, chegaram à redação informações sobre a continuidade dos atrasos nos pagamentos de salários e a dispensa de profissionais com quase 30 anos de serviço na Associação de Proteção à Maternidade e à Infância de Ubaíra (APMIU).

Atualmente, a instituição filantrópica conta com o apoio da prefeitura municipal, que cedeu médicos, enfermeiros e técnicos em enfermagem como parte do plano de reestruturação. Todos esses funcionários são pagos pelo município. Em 2024, a entidade reconheceu publicamente estar enfrentando uma crise financeira.

Uma fonte, sob anonimato, questionou as demissões:

“Qual a real explicação para essas demissões? Estão mandando embora pessoas competentes e experientes, algumas com quase 30 anos de trabalho. Diziam que não conseguiam caminhar com as próprias pernas, e tudo o que pediram, a prefeitura forneceu desde que Neném assumiu a gestão. Se o problema era a falta de médicos e enfermeiros, isso foi resolvido. Agora que a prefeitura atende às exigências, eles dispensam os que já trabalhavam? Se estava faltando, como agora demitem? Vai continuar faltando? Vão pedir mais ao município?”, desabafou um morador.

Desde janeiro já foram demitidos sete funcionários e fala-se que esse número deve aumentar.

Atrasos salariais na instituição são recorrentes, e a administração justifica a situação devido a atrasos nos repasses da Secretaria de Saúde da Bahia (Sesab). Em comunicados anteriores, a assessoria do hospital afirmou que, com a parceria firmada com a secretaria municipal de saúde, a regularização dos pagamentos ocorreria nos próximos meses.

Ontem, entramos em contato com a assessoria do hospital para esclarecimentos sobre as demissões. A matéria será atualizada assim que houver um posicionamento oficial.

Mídia Bahia

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